Casas vintage: a nostalgia do passado aliada ao conforto do presente

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
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Decorar não é apenas seguir tendências e comprar móveis e ornamentos modernos. Decorar passa também por respeitar a essência dos espaços e por lhes preservar o carácter. Se mora numa casa que tem laivos arquitectónicos que o remetem a uma determinada época, como um tecto trabalhado ou um soalho em parquet, por que não inspirar-se neles para a decorar?

Hoje, vamos falar-lhe de casas vintage e mostrar-lhe alguns projectos nos quais este estilo se encontra com o moderno. A ideia é incorporar o vintage de forma a que os ambientes não fiquem demasiado escuros e pesados estilo “casa da avó”. Por muito interessantes que sejam algumas peças clássicas, é preferível ter uma casa com ambientes luminosos e leves que nos transmitam paz e conforto. Assim, o truque é usar tudo com peso e medida.

Para o motivar, reunimos alguns projectos levados a cabo por profissionais portugueses que não têm medo de incorporar o estilo vintage nos espaços que decoram.

Venha vê-los e tire ideias para aplicar em sua casa.

​1. Começamos pelas paredes e pelos tectos?

Ora, se está a pensar decorar a sua casa com este estilo, pode começar precisamente pelas paredes e tectos. Há muitas casas antigas que foram entretanto renovadas, mas nas quais se mantiveram os tectos, rodapés e os frisos trabalhados – veja-se o exemplo da imagem acima. Se é o caso da sua, então considere-se um privilegiado. Se não é, então não se preocupe porque podem-se ornamentar os tectos com gesso e acrescentar os frisos e os rodapés. É verdade que não serão originais, mas há fantásticos trabalhos com resultados realistas e reveladores de sensibilidade.

Passemos à cor. A paleta cromática tem impacto e é capaz de nos transmitir, de imediato, uma determinada sensação. Os tons quentes, envolventes e saturados são aqueles que mais associamos ao estilo vintage pelo que pode eleger o amarelo mostarda, o verde abacate, o azul petróleo ou o cor-de-vinho, por exemplo.

O papéis de parede são também bons aliados neste sentido. Não precisa de ser demasiado literal e escolher um papel de parede com um padrão excessivo e colorido. Reinterprete o vintage e traga-o ao presente.

​2. O piso também conta

Agora que já falámos sobre as paredes – que chamam logo a nossa atenção quando entramos num espaço -, voltemo-nos para o piso da casa.

O soalho em parquet é capaz de nos transportar de imediato para o passado. Este estilo de soalho forma-se por via de um conjunto de placas de madeira pequenas e rectangulares que são dispostas no chão de modo a formar distintos padrões geométricos. O parquet tipo “espinha de peixe” ou Chevron, por exemplo, é uma boa solução para uma casa vintage. Um soalho com tacos ou corrido funcionará igualmente bem.

Outra ideia interessante para o piso é o ladrilho hidráulico. Se está atento ao mundo da decoração e do design de interiores, já terá por certo reparado naqueles pisos em cerâmica cheios de cores e padrões geométricos. O ladrilho hidráulico esteve na moda nos anos ’70 e agora regressou com cores expressivas e desenhos inovadores aos quais ninguém fica indiferente. Não recomendamos que use este material na sala de estar ou no quarto, mas sim na cozinha e casas de banho.

​3. Procure peças especiais em antiquários, lojas de velharias e flea markets

A questão é: onde encontrar peças vintage? Pode começar por falar com os seus familiares e amigos. É possível que eles tenham um móvel – ou qualquer outro objecto – lá por casa ao qual já não dão uso e que, por isso, lho possam ceder. Os seus avós terão certamente muito por onde escolher!

Se não for o caso, então visite antiquários, lojas de velharias e flea markets. Fazem-se verdadeiros achados nestes locais, sobretudo porque vivemos numa espécie de “era IKEA” em que cada vez menos pessoas se interessam por peças antigas e tampouco estão disponíveis a dar muito dinheiro por elas. Por esse motivo, os preços têm vindo a baixar.

Quando comprar, certifique-se de que as peças estão em bom estado ou que são ainda recuperáveis. Pode inseri-las no ambiente tal como elas são ou dar-lhes uma nova vida. Consoante a peça, pode pintá-la com uma cor distinta, estofá-la com um novo tecido ou pôr-lhe um puxador novo, por exemplo. Se decidir restaurar, entregue-as a alguém que saiba desta arte tão especial.

Numa decoração vintage, não faltam soluções para as paredes. Nos mesmos sítios acima indicados, encontrará uma panóplia de aguarelas, de litografias, de gravuras, de ilustrações, de posters de filmes, e assim por diante. Outra forma interessante de dar vida às paredes é através de espelhos e de pratos. Pode, tal como na imagem, ornamentar uma parede com um conjunto de espelhos de tamanhos diferentes ou colocar um espelho alto num ponto focal do quarto, da sala ou até do hall de entrada. Os espelhos com molduras douradas são particularmente bonitos. Os pratos são um detalhe igualmente curioso. Em Portugal, tem, por exemplo, os pratosBordallo Pinheiro que exibem variados motivos – pássaros, frutas, flores, entre outros – e as famosas andorinhas da mesma marca.

5. Um passo de cada vez

O estilo vintage é especial porque é diferente, porque se afasta da norma. Se quer usar o vintage em sua casa, esqueça aquilo que está habituado a ver e abrace o charme que lhe está inerente. Porém, se é a primeira vez que experimenta este tipo de decoração, então deve começar lentamente porque o vintage tem personalidade nas cores, nas texturas e nas formas. Compre uma peça aqui, outra ali e vá compondo os seus espaços com peças pelas quais está realmente apaixonado. Assim, o caminho a percorrer será mais orgânico e menos overwhelming.

6. Iluminação com encanto

O que não falta são candeeiros antigos bonitos. Há quem os compre para aproveitar o pé e depois os modernize com um novo abajur. Também pode electrificar uma jarra antiga. No tecto, pode sempre suspender um sumptuoso candeeiro de lustre ou um com uma traça mais industrial e simples. Complete o projecto de iluminação com apliques em tecido nas paredes.

​7. Têxteis vintage

Não, não precisa de abrir o baú e recuperar aqueles lençóis que a família usava em 1910. Os têxteis devem transmitir-nos conforto e deixar os espaços mais acolhedores. Pode resgatar um tapete antigo, uma colcha ou uma toalha de linho, mas não deixe de procurar nas lojas porque há têxteis novos que comunicam essa vibe vintage sobretudo através dos padrões e das texturas. Os padrões da altura eram especialmente elaborados e coloridos e os têxteis em veludo uma constante.

​8. Está na hora de tirar as suas colecções das gavetas

Faz colecção de máquinas fotográficas vintage? De caixinhas de jóias? De lupas? De máquinas de escrever? De relógios? De livros antigos? De jogos? Bom, não precisa de tirar tudo das gavetas e dos armários e transformar a sua casa num museu, mas pode ir buscar algumas das suas peças mais especiais para as ter em exibição. Ficam bem a decorar uma estante ou prateleira, numa mesa de centro ou de apoio, numa consola à entrada ou num aparador na sala de jantar.

​8. Quem o pode ajudar a decorar uma casa vintage?

Para introduzir o estilo vintage na sua casa, valha-se da ajuda de um decorador. Todos nós temos o nosso gosto pessoal, mas, por vezes, as pessoas entusiasmam-se e usam tantas peças vintage que as casas acabam por ficar sobrecarregadas e aquilo que devia ser uma inspiração acaba por se tornar numa interpretação literal ultrapassada. Um decorador pode ajudá-lo no sentido de seleccionar alguns elementos e utilizá-los de forma estratégica em cada ambiente. Procure um decorador que trabalhe perto de si. Para isso, basta inserir o seu código postal ou nome da área onde vive.

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